Esta calamidade que se abateu sobre um pedaço de Portugal que é a Madeira de uma maneira ou de outra afecta-nos a todos.Tenho uma grande amiga madeirense aqui em Lisboa. Conheço muito bem a Madeira a primeira visita foi na Lua de Mel na passagem do ano de 1988 nessa altura para se fazerem 60 Km naquelas estradas eram precisas 2 horas,a aterragem no aeroporto era aquele sufoco com uma salva de palmas quando o avião dava a volta no fim da pista.
Passados 10 anos voltei lá com os filhos e mais uns amigos para nova passagem de ano e por lá fiquei mais uma semanita no Inatel de Santo da Serra,em 1998 já a melhoria nas infraestruturas era notável, o aeroporto tinha crescido sobre o mar, aterrar deixou de ser um sufoco,as vias rápidas parte delas construídas em túneis e viadutos sucessivos, acaba-se por perceber onde é k o Alberto João andou a gastar os milhões que exige e que acaba por conseguir aos governos centrais sejam eles de direita ou de esquerda.
Á cinco anos passei lá um dia na volta de Porto Santo e deu para dar a volta á ilha e voltar aos sítios mais conhecidos.Não é á toa que se denomina a Pérola do Atlântico está tudo muito bem arranjado e eles têm muito cuidado com o Turismo em geral.
Por isso é com alguma consternação que vejo esta desgraça que não foi originada só pela mão da natureza mas teve uma ajuda do homem na urbanização de solos adjacentes ás linhas de água, pareceu-me ver que fizeram um edifício por cima de uma das ribeiras em pleno centro do Funchal isto é o cúmulo do oportunismo e da balda que deve ser o licenciamento de novas construções.
Esta desgraça acaba por fazer com que os políticos que nos governam voltem á terra e discutam o que é essencial para as pessoas;o Alberto João perdeu a sobranceria que o caracteriza e acaba por perceber que a Madeira também é e precisa de Portugal;o Sócrates já á muito tempo não era visto a fazer algo de útil;o Joe Berardo disse uma grande verdade foi mais ou menos isto:"parece que vai ser preciso uma desgraça no Continente para fazer unir as pessoas".
É isto andamos todos cada um para seu lado e só nos unimos quando a desgraça bate á nossa porta não devia ser assim mas é o que acontece.
A actuação politica do Alberto João Jardim de ter dado as empreitadas públicas a consórcios onde estejam presentes empresas madeirenses embora seja um proteccionismo (os espanhóis também o fazem) contra as leis europeias acabou por lhes dar força e capacidade para resolver este problema,do Continente ou da Europa só vão precisar de mais alguns milhões de euros.
Daqui a um ano a Madeira vai voltar a ser a Pérola do Atlântico.
J R
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